O setor de ônibus e caminhões do país comercializou 67.168 unidades novas durante o ano passado, com alta de 5,05% em relação a 2016, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Apenas os ônibus apresentaram alta de 10,66% e os caminhões, de 3,53%.
Ônibus e caminhões tiveram alta de 12,03% no mês de dezembro, na comparação com novembro. Houve alta de 44,74% quando comparado a dezembro de 2016.
Considerando somente o segmento de ônibus, o crescimento foi de 10,86% em dezembro, na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2016, houve aumento expressivo de 72,92%.
O mercado de caminhões registrou alta de 12,34% em dezembro, na comparação com novembro. Se comparado a dezembro de 2016, a elevação foi de 38,87%.
A expectativa da Fenabrave é de manutenção do clima favorável às vendas, com a chegada de um novo ciclo de crescimento em 2018. A projeção para caminhões e ônibus é de crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários.
Exportações
A produção teve alta mais vigorosa que os emplacamentos, chegando a 82.887 caminhões em 2017, contra 60.482 unidades um ano antes. Ela foi puxada pelas exportações, que saíram de 21.548 unidades em 2016 para 28.288 em 2017.
Os principais destinos foram a Argentina e países da América Latina, mas algumas marcas já miram negócios no Oriente Médio e na África.
Entre as categorias, a que mais se destacou foi a de extrapesados, que abrange os veículos de maior porte.
"A gente percebeu, ao longo de 2017, a redução da queda em todos os segmentos (de caminhões), mas ficou positivo primeiro para o de extrapesados, por uma mistura de melhora na confiança e redução da taxa de juros", explica Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente de caminhões da Associação das Montadoras de Veículo (Anfavea).
A expectativa é de que os caminhões de maior porte representem 30% do total de vendas em 2018.
"Os extrapesados devem continuar se renovando, porque a última grande renovação foi em 2011", indica Sérgio Zonta, vice-presidente de caminhões da Fenabrave.
Ele se refere ao ano em que houve grande antecipação de compra de caminhões por parte das empresas. Isso porque, no ano seguinte, passou a valer o padrão Euro5 para deixar motores a diesel menos poluentes, o que encareceu os veículos.